Você não precisa dar conta de tudo, todos os dias.

Não se sinta um fracassado porque perdeu o prazo, a chave da casa, o emprego. Sinta-se humano.

Os compromissos parecem estar se avolumando numa intensidade absurda. Ninguém tem tempo para mais nada.

Difícil encontrar alguém que esteja sossegado algum dia, com disponibilidade para não fazer nada, até mesmo aos finais de semana.

Todos apressados, correndo contra o tempo, atarefados, assoberbados, com prazos estourando, projetos no limite, paciência se esgotando, impaciência tomando conta.

Há uma ideia corrente de que é preciso ocupar-se, correr, empreender, trabalhar muito, alcançar o sucesso, vencer maratonas e ainda sorrir o tempo todo.

A mídia e a lógica de mercado colocam o consumismo e a imagem estética como sinônimos de êxito, de sucesso, de se dar bem na vida.

Bombardeiam as pessoas com imperativos: trabalhe, compre, viaje, malhe, transe muito, crie filhos perfeitos, faça check-in, ganhe curtidas, enfim, seja famoso, bonito e rico. Quem é isso tudo?

Ninguém, absolutamente ninguém, consegue corresponder a todas as expectativas que jogam sobre nós, ou mesmo às expectativas que nós mesmos criamos.

Metas e planos são extremamente necessários, à medida que ter um norte condutor de nossos sonhos nos ajuda a não perder o foco em demasia, a não ficarmos parados, sem sair do lugar.

Porém, pautar a vida tão somente na agenda, nas metas do escritório, no relógio, sem se permitirem descansos e atrasos, é um gatilho para o esgotamento físico, para a fadiga mental.

Você não precisa dar conta de tudo, o tempo todo, todos os dias.

Tudo bem se você não chegar a cumprir tudo o que estipulara para o dia.

Não faz mal se atrasar alguma vez, não faz mal não conseguir fazer tudo o que planejara.

Está tudo bem se você se cansa, sente-se esgotado, falha vez ou outra, queima o arroz, esquece algum item da lista do supermercado.

Não se sinta um fracassado porque perdeu o prazo, a chave da casa, o emprego. Sinta-se humano.

Temos que saber quais são os nossos limites, para não idealizarmos utopias inalcançáveis.

Temos que nos conscientizar de que não somos perfeitos, não somos robôs, não somos super-heróis. Todos temos o direito de errar, de chutar o balde, de não conseguir.

Só não podemos estacionar nas derrotas, porque isso, sim, seria imperdoável.

Recomeços existem e saber isso faz toda a diferença em nossas vidas.

Permita-se recomeçar, quantas vezes forem necessárias. Sem dramas.

*Foto de Mathilde Langevin no Unsplash

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Graduado em Letras e Mestre em "História, Filosofia e Educação" pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica. É apaixonado por leituras, filmes, músicas, chocolate e pela família.