Suas atitudes atuais resultam de acontecimentos que feriram ou marcaram emocionalmente sua vida, ou mesmo, são traços e resquícios das atitudes de seus antepassados.

Imaginemos um bloco de barro, molhado, pronto a ser moldado. Nós somos esse bloco no momento do nosso nascimento e somos moldados e nos moldamos com o passar do tempo.

O bloco está lá, cabe às mãos trabalha-lo e aperfeiçoa-lo, dar-lhe forma e estrutura.

O barro antes de ser peça era apenas barro, a pessoa ao nascer é apenas um recipiente pronto a absorver informações e conhecimentos.

Somos limpos, somos folhas em branco.

Existem instintos básicos que estão em nós desde o início, mas a maldade não é algo que nasça conosco.

Acredito que todo o ser humano nasce bom (no sentido de ser puro) e, quando demonstra o contrário existe uma explicação para esse fato.

Cometer maldades advém de motivos, de histórias de vida duras, de maus exemplos, de crueldade, algumas vezes de falta de escolha e algum percentual de herança genética.

Cabe a nós não recriminar e julgar à primeira vista.

Devemos antes de julgar, tentar adaptar e moldar a nossa visão para que consigamos procurar entender os porquês de alguém ser assim.

“Somos o resultado de um percentual genético e do ambiente. Somos uma herança, a nossa genética em conjugação com as nossas experiências.”

A empatia torna-se fundamental para se fazer uma análise da atitude da outra pessoa!

Devemos sentir o outro, ver o mundo através dos olhos dele para tentar entender o mundo que ele vê e que nós não vemos.

Ponto de vista é só a vista de um ponto.

Quando a pessoa é acolhida, pode também desejar acolher e através da empatia enxergar aquilo que ela via sob nova perspectiva. A perspectiva do outro!

Com a empatia é possível fazer com que o outro se torne mais flexível e assim, nós aprendemos com a história de vida desse outro ser.

As vezes a maldade nasce apenas por falta de oportunidade, por falta de ajuda.

Por vezes não perdemos tempo suficiente para ouvir e, quem sabe, direcionar o outro numa perspectiva diferente, mostrar-lhe opções e caminhos alternativos que, de algum modo, a sua ira não lhe permite enxergar.

Nós enquanto seres humanos somos um universo de possibilidades e quando defrontados com a decepção, a perda, a dor, o abandono, a falta de compreensão, podemos deixar o nosso lado mais obscuro sobressair.

Quando se dá demasiado espaço à magoa e à descrença, sentimentos como a tristeza, a ira ou a maldade têm mais terreno para florir.

Cabe ao outro ser o jardineiro, separar o trigo do joio, e dar oportunidade às boas sementes crescerem.

Se a nossa experiência de vida, o ambiente onde vivemos e as pessoas com quem interagimos são um peso enorme no desenvolvimento da nossa personalidade, não devemos esquecer o que trazemos dentro de nós, a nossa herança genética, a nossa memória celular que carregam traços e histórias dos nossos antepassados.

Movemo-nos entre um determinismo e uma escolha, entre o que carregamos em nós e o que escolhemos para nós.

Somos seres “sobredeterminados”.

Este assunto tem sido debatido pela comunidade científica com alguma frequência!

Tentam entender que percentual genético está presente no que somos, no que determina a nossa personalidade e as nossas atitudes.

Nesta batalha entre genética e ambiente ainda não se chegou a conclusões definitivas, a não ser que, ambos nos representam poderosamente em todas as questões da nossa vivência.

O ato de perceber o outro

Quando nos colocamos a disposição e temos a iniciativa de perceber o outro, começamos a imaginar suas referências, a fazer um trabalho intelectual para entende-lo, e esse é um talento que se destaca em poucos nesta atual sociedade.

Para perceber o outro precisamos desenvolver em nós a humildade. Temos que ser humildes o suficiente para saber ouvir, para dar espaço a quem precisa falar.

Devemos especialmente ouvir com vontade e interesse para que se crie uma empatia sincera e o outro se sinta seguro para que só após conquistarmos a sua confiança, possamos entrar no seu espaço.

Devemos ouvir com a consciência de que o outro é detentor de qualidades e capacidades, para podermos valorizá-las.

A humildade advém de uma consciência muito racional e devemos deixar que se implemente em nós como um mecanismo de conhecimento e oportunidade.

“Ser humilde é a chave de entrada no universo do outro. É a forma que temos de o desvendar e ajudar.”

Temos que perceber o outro como um todo, desde suas experiências de vida até suas heranças genéticas, e dar a oportunidade para que ele se mostre como ele é!

Porque todas as pessoas são boas até que suas atitudes provem o contrário!

Mas devemos ter em mente que as suas atitudes atuais resultam de acontecimentos que feriram e marcaram emocionalmente suas vidas, ou mesmo, são traços e resquícios das atitudes de seus antepassados, por isso devem ser analisadas com humildade!

*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
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Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.