Jung um dia disse que o poder e o amor são opostos, sombra um do outro.
Dessa maneira, nós não podemos amar verdadeiramente se estivermos buscando ter poder sobre a pessoa com quem nos relacionamos.
Porque, “onde o amor impera, não há desejo de poder”, eles não coexistem.
Analise as suas relações sem justificativas ou acusações, você sente necessidade de dominar quem caminha ao lado?
Toda forma de controle é alimentada pelo medo.
Portanto, se você respondeu sim à pergunta anterior, eu lhe questiono sem rodeios ou eufemismos, o que você teme?
O que na sua história fez você chegar à conclusão de que estar vulnerável é se machucar?
Que dores se escondem em suas sombras e impedem você de simplesmente vivenciar os sentimentos amorosos por alguém?
Durante a maior parte da minha vida eu fui incapaz de amar.
No controle sutil protegido por uma arrogante racionalidade, eu sempre me mantive em um lugar onde estar vulnerável não era uma opção.
Inconscientemente, eu alimentava um medo tão grande de me machucar (fruto de traumas infantis dos quais eu nem me lembrava), que não conseguia me colocar em posição de igualdade em relação às minhas companheiras.
E, por isso, todos os meus relacionamentos estavam fadados ao fracasso.
O poder sobre o outro deseja conseguir alicerçar suas certezas.
E, ainda seguindo a sabedoria do mestre Jung, “buscamos certezas e não dúvidas, resultados, e não experiências, mas não percebemos que as certezas só podem surgir através das dúvidas, e os resultados, através das experiências”.
Assim também é o amor.
Compreendamos de uma vez por todas: onde há apenas busca por certezas e resultados não há amor, há apenas poder, e todo o vazio emocional que ele carrega.
Permita-se um caminho diferente.
Foto: andrej_k – Getty Images / iStockphoto
