Temos que aprender a lidar com os ciclones bombas da vida!

O ciclone bomba, que trouxe estragos e levou vidas no sul do Brasil, me lembrou de uma história de anos atrás.

Minha amiga Ana Tereza, que mora em Illinois, nos Estados Unidos, acordou no meio da noite com o alerta de tufão no celular.

Ela e o marido foram ao porão e, quando voltaram, não havia mais casa nem carros. E acredite: a única coisa que estava em pé era a cristaleira, com tudo dentro e intacto.

Aprendi duas coisas com esse acontecimento.

Uma foi a arte da resiliência, a capacidade que temos de lidar com as tretas da vida e superá-las porque, no dia seguinte, Ana meteu galochas e começou a arrumar a zona toda e ainda ajudou quem estava em situação pior que ela.

A segunda coisa que aprendi foi que, assim como a cristaleira, somos menos frágeis do que pensamos diante das adversidades.

Temos o apoio dos amigos, mesmo que online, de terapia (muitas gratuitas) e, principalmente, temos um poder interior arrebatador que nos arranca, com raiz e tudo, da sofrência e da estagnação.

O ano de 2010 foi o grande ciclone bomba da minha vida.

Praticamente no mesmo mês, perdi meu emprego, minha mãe morreu e tomei um pé no traseiro bem dado de uma das paixões da minha vida. Como tiro de misericórdia, a cabeleireira me deixou com a franja do cacique Raoni.

Eu tinha dois caminhos: me afundar na lama emocional ou procurar a luz do sol como a flor de lótus faz.

Foi quando entendi que é nas grandes tristezas que voltamos à nossa essência, reconectamos o fio da nossa força interior, buscamos a própria mãe dentro da gente, a paixão por si mesma, e saltamos do fundo das entranhas como um golfinho salta do mar para o ar. Porque não existe vida sem perrengue, nem tempo sem intempérie.

Como diz o psicólogo Rodrigo Luz, da Fundação Elisabeth Kübler-Ross (sobre o luto, mas vou dar uma adaptada):

“a vida é contração e expansão. Então, tudo bem um dia estarmos melhores e em outros estarmos piores”

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Continuamos em movimento porque o pulso ainda pulsa. E sempre pulsará.

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Gisela Rao é criadora e criatura de conteúdo, safra 64 – Ano do Dragão. Publicitária e escritora, é “porta-bandeira” dos temas autoestima e resiliência, trazendo para a comissão de frente um "Ufa!" para os perrengues do dia-a-dia.Traz na bagagem dois blogs, os programetes “Repórter Rao” e “A Monja e Emotiva” (com a Monja Coen) - todos do UOL - e a colaboração em revistas e jornais: Folha de S.Paulo, Jornal da MTV, Época, Marie Claire, SPFW Journal, Isto É Gente, UMA, VIP, Bons Fluidos, Viagem & Turismo e TOP Destinos.É autora dos livros “Sex Shop”, “Tchau, Nestor” e ‘Não Comi, Não Rezei, mas Me Amei”. Opa! Não desligue ainda, tem mais: foi fundadora do Movimento Vigilantes da AutoEstima e uma das idealizadoras da ONG Estou Refugiado.