“Seja a mudança que você deseja ver no mundo” é uma famosa frase de Gandhi. Geralmente esperamos que a mudança sempre saia da outra pessoa e ficamos esperando as coisas acontecerem.

Dar um exemplo de atitudes de “não violência”, não significa que devemos ser passivos ou demonstrar fraqueza. A “não violência” é uma forma de sermos mais fortes no sentido moral e ético, sempre atuando para que a nossa sociedade se torne mais harmoniosa.

Assim como, canalizamos a eletricidade de maneira inteligente para melhorar a nossa vida, devemos usar a nossa indignação e a nossa raiva como motivação para vencermos desafios e as situações difíceis no dia a dia.

Gandhi, na sua infância na África do Sul, foi vítima de
violência e preconceito. Isto o deixava com muita raiva. Por fim, aprendeu que não adiantava ficar buscando vingança o tempo todo. Mudou a sua atitude, e a sua visão de vida. Para vencer o preconceito e a discriminação utilizou a Compaixão.

Para responder à raiva e ao ódio utilizou a Bondade. Para Gandhi, se ele utilizasse o “olho por olho”, o mundo inteiro iria ficar cego.

O que Gandhi nos está propondo é que as mudanças acontecem, gota a gota no nosso dia a dia, dentro de nós mesmos. E para que estas mudanças ocorram e repercutam no mundo, é preciso também ter coragem. Mas não aquela coragem agressiva que as pessoas estão acostumadas a ver. A palavra “coragem” significa “agir com o coração”.

No livro “Pão Nosso”, através de Chico Xavier, Emmanuel disse: “Se não é possível respirar num clima da paz perfeita, entre as criaturas, em face da ignorância e da belicosidade que predominam na estrada humana, é razoável procure o aprendiz a serenidade interior, diante dos conflitos que buscam envolve-lo a cada instante”.

autor: Rubens Santini