Se engana quem pensa que faz alguma coisa sozinho! Precisamos uns dos outros! Mas devemos ter cuidado para não entrar em um ciclo vicioso de dependência emocional.

A vida é um grande desafio de superação constante, sozinho seria praticamente impossível ultrapassar todos os obstáculos que a vida nos impõe, apesar de nossa resiliência.

Sim, somos seres sociais e acredite, ninguém se completa sozinho, tampouco se basta sozinho, mas não é este o ponto que quero chegar. O que gostaria de pontuar, é que você é o referencial, é o ponto principal em seus relacionamentos com quem esteja ou por onde vá; quando você muda, tudo muda.

As regras da vida são muito simples, somos nós que as complicamos. As mudanças que acontecerão em nós irão repercutir no mundo e nas pessoas à nossa volta.

Se dependermos das posturas dos outros para sermos felizes, amados ou reconhecidos, então estaremos nos colocando em uma situação “sem saída”. Por este motivo, apesar de precisarmos uns dos outros, nós somos nosso principal referencial.

Você é seu eterno companheiro de alegrias, batalhas, lutas e vitórias; é com sua imortal companhia que você vai nascer e morrer, e entre estes dois espaços, os “melhores” e os “piores” momentos somente você poderá “sentir na pele”, por mais que o outro te dê suporte. Você é o ponto principal.

Portanto, é imprescindível que nos conectemos conosco nesta jornada da vida, para que não precisemos estar necessariamente acompanhados(as) de outras pessoas para não sentirmos solidão, pois a conexão primária tem que ser com a nossa essência para fazermos parte de uma agregação maior.

Em outras palavras, é importante não confundirmos solidão com solitude, pois embora não exista completude na solidão, na solitude nunca estaremos vazios.

A dependência emocional é a corrente deteriorada que cedo ou tarde se arrebentará.

Quando partimos desta premissa, compreenderemos que a dependência emocional nunca poderá se confundir com nossas relações afetivo-emocionais sadias. Contudo, não podemos ser indiferentes às situações da vida, pois somos humanos, mas não esperar demais dos outros é um treino que deve ser realizado constantemente.

Pode acontecer que os demais correspondam às nossas expectativas. Mas, e se isto não ocorrer? Ficaremos no limbo de nossas dores esperando o tempo do outro?

A dependência emocional é a bengala deteriorada que cedo ou tarde se arrebentará; e quando isto acontecer, a queda será fatal, já que não foi desenvolvida nossa própria autonomia emocional.

Não se iluda: ninguém ou nada permanece para sempre. E quando seu anteparo, ou sua corrente se for, te trair ou te magoar, como você agirá?

Lembre-se: a responsabilidade por seu bem estar e sua vida é completamente sua; é você que dá significado às experiências da sua vida.

O que garante que o outro não corresponda com desilusão ou indiferença em alguns contextos?

Definitivamente, precisamos desenvolver nossa autossuficiências positiva. Se não sabemos quem somos, os outros nos definirão; se não sabemos para onde estamos indo, nos perderemos no primeiro atalho do caminho.

Reflexão Transmutativa:

É hora de organizar a bagunça da sua casa interna, oportunizando-se autoconhecer, ter consciência do que e porque sente e age com dependência emocional, pois a vida a qualquer momento poderá te despojar de tuas ilusões e de tuas quimeras.

A pior armadilha que existe é aquela criada por nós, onde alimentamos expectativas, criamos ilusões e projeções, nos aprisionamos na realidade ilusória da dependência emocional nociva dos outros, porque na lei da impermanência, a vida é mestra em nos desnudar e nos despojar daquilo que acreditávamos ser nosso ou possivelmente eterno.

*Foto de Noah Silliman no Unsplash

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https://www.facebook.com/FechamentodeCicloeRenascimento/?fref=ts Soraya Rodrigues de Aragão é psicóloga, psicotraumatologista, escritora e palestrante. Realizou seus estudos acadêmicos na Unifor e Universidade de Roma. Equivalência do curso de Psicologia na Itália resultando em Mestrado. Especializou-se em Psicotraumatologia pela A.R.P. de Milão.