Resolvi me amar em primeiro lugar e priorizar as coisas boas da vida. Depois de descer até o fundo do poço, consegui enxergar a luz dentro de mim.

Eu não conseguia me adaptar a um mundo cada vez mais exigente. Eram tantas cobranças de padrões pré-estabelecidos, que o fugir às regras era o mesmo que pedir para ser chamada de louca. E ao final, essa impressão que eu tinha me adoecia dia após dia.

E assim, ia me perdendo entre a razão do eu e do mundo, o que acabava me travando.

Cheguei a cair no fundo do poço e ao olhar para cima, conseguia ver nitidamente um monte de terra cair sobre mim, como se quisessem me enterrar viva. E a cada terra caída, ia conseguindo me desviar e me ajeitar.

Pensava: “Deus não dá uma carga maior que podemos suportar”.

Até que um dia, os raios de luz chegaram até mim. Mas eles sempre estiveram ali, eu que não conseguia ver. Então me abri para ver a beleza da vida e as coisa boas que eu já conquistei, recuperei a esperança e percebi que nem tudo estava perdido.

Senti dentro de mim a esperança nascer novamente.

Abri meus olhos e a claridade cada vez mais forte começava a doer meus olhos. Fui abrindo-os devagar, dando tempo ao tempo e, aos poucos, meus olhos foram se acostumando com a claridade.

Quando dei por mim, a fase ruim da escuridão já havia ficado para trás.

Gritei: Consegui!

E pude ter a certeza de que quando dói muito é um sinal de que o final do sofrimento se aproxima.

Consegui sair daquele lugar escuro, do julgamento, das trevas do sofrimento para viver uma nova vida, cheia de sentido. O arco íris refletia em mim.

Escolhi trocar a monotonia do preto e branco pelo colorido cheio de energia.

Hoje, sinceramente ando preferindo ser eu mesma com meus sonhos e minha pequenez, na certeza de que nada sei, pois antes disso tudo, se eu corria o bicho pegava e se eu ficava o bicho comia.

Cheguei à conclusão de que querer agradar a todo mundo era o meu maior problema e isso também ficou para trás.

Me reencontrei, finalmente!

Aliás, anos e anos se passaram vivendo em prol de todos. Agora, vejo que já não tenho muito tempo a perder com julgamentos que não me levavam a lugar nenhum.

Tenho percebido que o que importa é viver a minha vida.

Resolvi me amar em primeiro lugar. Priorizar as coisas boas que a vida tem me oferecido e aprendi a agarrar com unhas e dentes o que eu mereço.

É inacreditável, mas descobri que no segundo tempo da minha vida, ainda posso sentir prazer em viver!

Acolhi minhas dores, e venho curando cada uma delas!

Hoje, valido cada pequena conquista e me coloco humilde frente a vida para aprender com os desafios que ela me impõe.

É assim, com esse pensamento, que me refaço dia após dia porque finalmente entendi que só poderei ter qualidade de vida se eu contribuir com o mundo oferecendo a minha melhor versão.

Escolhi me amar e essa foi, sem dúvida, a melhor decisão que tomei em toda a minha vida!

*Foto de Chermiti Mohamed no Unsplash

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Idelma da Costa, Bacharel em Direito, Pós Graduada em Direito Processual, Gerente Judicial (TJMG), escritora dos livros Apagão, o passo para a superação e O mundo não gira, capota. Tem sido classificada em concursos literários a nível nacional e internacional com suas poesias e contos. Participou como autora convidada do FliAraxá 2018 e 2019 e da Flid 2018.