Quando você se permite viver o agora você se torna uma oração.

Me lembro que desde pequena eu comecei a fazer perguntas para mim mesma, que me deixavam impressionada.

Para onde a gente vai depois daqui?

O que a gente faz com a vida, depois que ela acaba?

Lembro que ficava sentada na sala de aula, olhando pra rua pensando pra que servia aprender tudo aquilo se um dia, zefini, tudo se acaba.

Pensamentos cabulosos para uma criança de 10 anos mas eram perguntas que não bastava procurar alguém, nem sei se era normal pensar sobre tantas coisas.

Será que tem mais gente assim no mundo?

Lidar com as perguntas sobre o mistério da vida e do pós vida é algo extremamente difícil, não existem respostas concretas, existem respostas reconfortantes e dessa forma a gente vai entendendo e aceitando que, para algumas coisas o que nos resta de maior é a fé.

Fé de que está tudo certo e devemos confiar.

Certa vez ouvir dizer que um senhor que vendia doces no lugar que eu trabalhava havia morrido, meu Deus, como pode?

Há três dias estava aqui vendendo doces e agora, não está mais. De alguma forma isso me doeu, eu não sabia nada da vida dele, não o conhecia bem, mas naquele momento perceber a fragilidade da vida, me trouxe uma certa angustia.

Bom, hoje eu tenho uma compreensão do morrer um pouco diferente do que eu tinha há alguns anos. Mas ainda assim, esse mistério é difícil de ser encarado.

Perder uma pessoa que amamos, parece como uma devastação de florestas ou parece que nunca mais vai parar de chover, você olha pra vida e ela parece incompleta e a sensação é que nunca mais você vai se refazer.

Aquela peça do quebra-cabeça, vai estar sempre piscando ali, dizendo silenciosamente que ela não está mais aqui.

Claro que com o tempo a gente vai aprendendo a lidar com a saudade e como disse Marina Colasanti, a gente acostuma, e vai passando, um dia de sol traz uma boa lembrança, a gente vai virando colecionador de memórias, sim, a vida de cada um é um grande museus com paredes lotadas de memorias.

De vez em quando, a gente busca uma risada aqui, um aprendizado acolá e assim a gente vai passando pelo caminho da saudade entre vida, morte e vida.

Não aprendemos a deixar de sentir, mas aprendemos a qualidade do nosso sentir, é isso que eu acredito.

Como está a sua confiança em relação a vida?

Você realmente acha que aquela linha que divide vida e morte é o fim de tudo?

O fazemos com tanto aprendizado e evolução?

Eu tenho pra mim que a nossa vida é como um reality show, estamos todos confinados, aprendendo a viver em comunidade, aprendendo sobre ser humano, sobre o Universo e evolução.

Somos testados, passamos por provas, festas e alegrias únicas, um dia alguém tem que partir, faz parte do jogo.

Vão indo, chorando, se despedindo com dor e resistência, uma vontade danada que nunca se acabe, que esse show dure a vida toda até que se chega do lado de fora e percebem que a vida acontece mesmo é fora dessa casa.

Cada pessoa tem sua verdade e essa verdade determina as crenças e realidade de vida, mas existe uma verdade que eu acredito fazer sentido para a maioria das pessoas: o amor é a razão de estarmos aqui, de viver tudo que vivemos e buscar uma evolução.

Se torne uma oração!

É através do amor e da oração que vamos montando o quebra-cabeça da vida e embora a gente pense que as peças se perderam, eu prefiro acreditar no invisível mundo não manifesto em matéria, é pra lá que se vão todas peças, é lá que o quebra-cabeça é montado.

Talvez a equação seja apenas viver, amar, aprender, deixar ir e se permitir para que a vida seja mais leve, talvez nem haja uma equação, talvez não devessem existir as perguntas para que apenas vivêssemos as respostas, talvez esse seja o capítulo de uma longa jornada, talvez, talvez e talvez.

Se eu pudesse voltar aquela menina de 10 anos eu diria: apenas olhe para vida com gratidão e alegria, olhe para a vida e todas as respostas que você precisa, chegarão.

As respostas que você quer, pode ser uma busca eterna, mas aquelas que você precisa, sempre chegarão no tempo certo.

Confie na oração do seu coração, seja o amor em movimento e a vida vai acontecer como deve ser.

*Foto Freepik

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Carol Daimond, mineira de Divinópolis, bacharel em Direito e apaixonada pelas palavras entrelaçadas, mãe, mulher e terapeuta thetahealer, uma mistura de mulher que a cada dia se reinventa em busca da sua melhor entrega em partilha para o mundo. Sua jornada como escritora começou de brincadeira e tem se tornado cada dia mais a sua marca pessoal de verdade e essência.