Por que muitas pessoas chamam Jair Bolsonaro de “alecrim dourado”?

Essa pergunta foi lançada na plataforma Quora, e muitos usuários resolveram responder a questão e expressar o que entendem como “alecrim dourado”.

Afinal, por que o presidente e candidato a reeleição Jair Bolsonaro está sendo apelidado de “alecrim dourado”? Ese termo já vem sendo usado há mais de 2 anos.

Um dos usuários da plataforma colaborativa, Ygor Coelho, redigiu um texto que foi avaliado pelo site como a melhor resposta, ele escreveu:

“Pelo teor das mensagens em que vi pessoas usarem essa expressão em tom debochado, me parece que ela é uma referência irônica ao fato de que, como o alecrim dourado nasce no meio do mato, sem ter sido semeado e chama atenção pela enorme improbabilidade de sua presença admirável no meio das ervas daninhas –

Bolsonaro, para os bolsonaristas, parece estar sempre blindado de qualquer suspeita e até mesmo de qualquer ceticismo.

É como um escudo imaginário alicerçado na ideia (ilusão, leia-se) de que ele é uma espécie de joia rara que vale muito, mesmo que seja encontrada no meio do lixo mais sórdido ou chafurde dentro de uma latrina.

Para ele não vale o “me diz com quem andas, que te direi quem és”. Não: ele sempre será o alecrim dourado mesmo que descubramos que ele está rodeado de quem não presta.

Vimos o cenário muitas vezes nos últimos anos: para os adeptos de Bolsonaro, não há nada de mais no fato insólito de que Bolsonaro conviveu de perto com tanta gente envolvida em crimes – a sogra, a mãe da sogra, o tio da esposa, o filho, o braço-direito do filho e amigo pessoal dele próprio (o famoso e escorregadio Queiroz); assessores próximos de filhos dele que eram parentes de milicianos perigosos; o vizinho coincidentemente (numa cidade com 6 milhões de habitantes) também envolvido no assassinato de Marielle Franco; múltiplos políticos aliados dele e apoiados por ele descobertos em esquemas de laranjas e rachadinhas.

Ele sempre não sabia de nada e apenas teve, vejam só, o azar imenso de acabar se rodeando de tanta gente que praticou crimes.

Acontece nas melhores famílias, né?

E um ponto muito curioso é que isso vale também retroativamente: as figuras que eram pessoas excelentes do lado do bem, lutando o bom combate, enquanto estavam ao lado de Bolsonaro, subitamente, viram pessoas desonestas, interesseiras, egocêntricas e têm os podres do passado de suas trajetórias pessoais (reais ou inventados pela máquina de fake news) expostos pelos mesmos que antes ignoravam esses pontos negativos ou os consideravam intrigas da oposição ou mesmo atos detestáveis.

Assim, surge uma contradição que os adeptos de seitas messiânicas costumam ser capazes de comportar, porque a Verdade sempre será o que é bom e útil para o líder idolatrado, o resto pode ser enviesado para caber na narrativa que for favorável a ele, em cada momento variável da conjuntura.

Enquanto estão do lado de Bolsonaro, os aliados dele pegam um pouco da blindagem dele, mas de repente, as mesmas pessoas em tudo que aconteceu durante aquele período, passam a ser reprováveis quando o ídolo rompe com eles.

E assim vai se mantendo o mito do “alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado”, aquele ser tão incrivelmente puro, que se mantém imaculado e insuspeito, mesmo estando envolto por mais e mais figuras condenáveis.

Nesse aspecto, da mitologia, podemos afirmar que o Alecrim Dourado é mesmo um mito”, concluiu Ygor.

Outro usuário também quis explicar a sua visão diante do termo “alecrim dourado”. Ilca Gomes escreveu:

“É uma alusão a algo absurdo. Como pode uma erva nascer sem que tenha sido semeada de nenhuma forma? Como um homem desconhecido, inerte por 28 anos na Câmara Federal, desreipeitoso, cruel e arrogante pôde ser votado por uma quantidade tão grande de brasileiros?”, perguntou a usuária da rede.

Um famoso colunista, Hugo Gloss, também usou o termo para se referir ao presidente, em 2021. Será que foi daí que nasceu a referência? Vejam a notícia que Gloss postou:

“Alecrim dourado and blindado! O Palácio do Planalto decretou sigilo de até cem anos ao cartão de vacinação de Jair Bolsonaro e a qualquer dado sobre as doses de vacinas que o presidente já recebeu ou receberá! Respaldado pela Lei de Acesso à Informação, o jornalista @guilhermeamado da @revistaepoca questionou a decisão com a presidência, que respondeu que os dados “dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem” do presidente.

Jair, como se sabe, já atacou e debochou uma porção de vezes das vacinas contra a Covid-19, e declarou que não se imunizará. “Lá no contrato da Pfizer, está bem claro: ‘Nós não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar um chimpan…, um jacaré, é problema seu”, bradou ele mês passado, numa declaração que acabou virando piada. Será que Jair tomará a vacina, que tanto criticou?! Nunca saberemos! Só queremos tomar a nossa mesmo…”, escreveu Hugo, na época.

Comente por que você acha que o Bolsonaro é chamado de alecrim dourado?

*DA REDAÇÃO SAG Texto de Iara Fonseca.

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