Brasil tem maior taxa de transtorno de ansiedade do mundo, diz OMS!

No total, transtornos mentais geram perdas de US$ 1 tri por ano para a economia global.

O Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo e o quinto em casos de depressão.

Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgadas em junho, 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade e a depressão afeta 5,8% da população.

Especialistas dizem que pesam nesse cenário, fatores socioeconômicos, como pobreza e desemprego, e ambientais, como o estilo de vida em grandes cidades.

O transtorno de ansiedade é um problema de saúde pública e durante a pandemia milhares de pessoas puderam sentir o peso desse mal que surge sem avisar e limita a vida de uma maneira tão avassaladora que transforma repentinamente as pessoas em seres incapacitados de reagirem positivamente.

É uma mistura perigosa de Medo e agonia. O transtorno pode ser controlado com medicamentos, por tanto, deve-se buscar ajuda médica o quanto antes. Muitos tratamentos alternativos, e até espirituais estão sendo procurados por pessoas que precisam de ajuda, e não querem tomar medicamentos controlados.

Hoje em dia é mais fácil identificar os transtornos mentais e ter um diagnóstico, antigamente, as pessoas sofriam desse mal e muitas eram internadas em hospitais psiquiátricos.

O transtorno de ansiedade é marcado por sintomas como a dificuldade de concentração, problemas no sono e preocupação excessiva.

Segundo André Brunoni, psiquiatra do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), esses sintomas podem levar ao quadro depressivo, caracterizado pelos sintomas do transtorno acrescido de alterações no humor, como apatia, solidão, tristeza, além do isolamento social e dores sem justificativa física.

O número de diagnósticos em mulheres, diz ele, é maior por uma conjunção de fatores biológicos e culturais.

Segundo Brunoni, a gravidez, a menopausa e o próprio ciclo menstrual provocam alterações hormonais que podem levar a manifestação dos sintomas desses transtornos.

as mulheres também têm mais problemas na tireoide – responsável pela produção de hormônios. Já os homens têm uma resistência maior em procurar atendimento médico e também de expressar os sintomas, por isso, há um menor número de diagnósticos.

Ao jornal Estado, o especialista da OMS para saúde mental, Dan Chisholm, indicou que é difícil indicar um fator isolado para explicar a alta taxa de transtornos de ansiedade no Brasil e mesmo de casos de depressão.

“Ao contrário de outras doenças, existem muitos fatores que atuam de forma conjunta para criar esse cenário”, explicou.

Em sua avaliação, os principais fatores de risco que podem pesar no caso brasileiro incluem a situação econômica do país, os níveis de pobreza, desigualdade, desemprego e recessão.

Além disso, existem fatores ambientais, como o estilo de vida em grandes cidades.

Os dados da OMS mostram que o problema é global.

São 322 milhões de pessoas com depressão em todo o mundo – 4,4% da população e 18% a mais do que há dez anos.

De acordo com a entidade, no Brasil, em 2015, eram 11,5 milhões com a doença e 18,6 milhões com transtorno de ansiedade.

A OMS escolheu a depressão como o tema a ser alvo de campanha internacional. Para a entidade, governos ainda não dão uma atenção suficiente a esse problema de saúde.

Na frente do Brasil na lista de países com mais vítimas da depressão estão a Ucrânia (6,3%), seguida da Estônia, dos Estados Unidos e da Austrália (os três com 5,9%).

No panorama mundial, as mulheres são as principais afetadas: 5,1% são depressivas. Entre os homens, a taxa é de 3,6%.

Segundo a OMS, a depressão é a doença que mais contribui com a incapacidade no mundo. Ela é também a principal causa de mortes por suicídio, com cerca de 800 mil casos por ano.

Além da depressão, a entidade indica que, ao redor do mundo, 264 milhões de pessoas sofrem com transtornos de ansiedade, uma média de 3,6%. O número representa uma alta de 15% em comparação a 2005.

No total, a OMS ainda estima que, a cada ano, as consequências dos transtornos mentais geram uma perda econômica de US$ 1 trilhão para o mundo.

Os 15 países com as maiores taxas de depressão:

Ucrânia (6,3%)
Austrália (5,9%)
Estônia (5,9%)
Estados Unidos (5,9%)
Brasil (5,8%)
Portugal (5,7%)
Grécia (5,7%)
Lituânia (5,6%)
Finlândia (5,6%)
Belarus (5,6%)
Rússia (5,5%)
Cuba (5,5%)
Nova Zelândia (5,4%)
República da Moldávia (5,4%)
Barbados (5,4%)

Fonte: Sindjustica e Estadão. *Foto de Elijah Hiett no Unsplash

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