Todos nós recebemos uma herança genética de uma memória primitiva que incentiva algumas de nossas atitudes hoje.

O ser humano é instintivo apesar de já ter passado por um intenso processo de desenvolvimento.

Temos uma memória genética ancestral e uma memória primitiva instalada em nosso DNA que nos motiva a ser quem somos e a fazer o que fazemos.

A mente inconsciente, subconsciente e a memória primitiva.

O subconsciente está localizado abaixo da consciência e pode ser facilmente acessado se você se esforçar para isso.

O inconsciente é o “local” onde estão arquivadas todas as informações que absorvemos ao longo da vida, é como um “banco de dados” que se encontra reprimido pelo nosso cérebro e que não é facilmente acessado pela mente consciente.

A memória primitiva é como se fosse o “ante inconsciente”, uma memória ancestral implantada em nossa formação fetal que está constantemente interferindo em nossas atitudes e moldando a nossa personalidade.

Ao longo da vida sempre me interessei por esses instintos primitivos que nos influenciam em nossa rotina diária.

Me perguntava sobre algumas atitudes que temos que revelam as mesmas atitudes que nossos ancestrais e antepassados tinham há mil ou milhares de anos atrás

Foi esse interesse pelo passado e como ele interfere em nossa vida atual que me levou a pesquisar a fundo como se deu essa nossa “evolução”.

Nós, seres humanos compartilhamos uma essência que nos une!

É como um comboio, que nos inclina a viver em sociedade, e a ter uma percepção comum de nós mesmos, e do outro.

Estamos ligados por uma memória primitiva comum

Temos o esfenoide (osso irregular ímpar, que se situa na base do crânio anteriormente aos temporais, e à porção basilar do osso occipital) que se desenvolve no feto para que todos os ossos possam se desenvolver com base nele.

Em 60 milhões de anos o esfenoide mudou de forma cinco vezes.

É um dos ossos mais complexos do crânio que se modifica de acordo com a evolução da espécie.

O primeiro de todos os ossos a se formar no embrião é o pilar da base do crânio, sem o qual, este se desmoronaria.

Casos de má formação do esfenoide influenciam na deformação de todos os outros ossos. O esfenóide dá assento às zonas mais recônditas e misteriosas do cérebro, e é a sede dos nossos instintos, emoções e sonhos.

Os cientistas sabem agora que o desalinhamento dos dentes – cada vez mais frequente nas novas gerações – deve-se à evolução do crânio, especialmente pela evolução do osso esfenóide. O mais curioso para mim, é que a sua porção central é constituída por tecido ósseo esponjoso, assim como o cérebro humano.

Quando geramos um filho, passamos essa nossa memória ancestral impressa, e que nos forma, a esse novo ser que se desenvolve intrauterinamente; essa é uma explicação plausível! Nossa herança pode estar justamente impressa no esfenoide e ser transpassada posteriormente ao cérebro.

A memória ancestral carrega todos os dados do passado desde a era primitiva.

São milhares de anos de evolução até aqui. Seria ilógico pensarmos que nossas características mentais vêm de “ontem” e não de milhares de anos.

Somos o produto de um passado pré-histórico com uma mente primitiva que se desenvolve constantemente, mas que revela, de quando em vez, atos instintivos que nos remetem a comportamentos de nossos ancestrais distantes.

Carregamos nessa memória ancestral as características que são consequências das adaptações inteligentes que foram necessárias, ao longo do tempo, para que pudéssemos sobreviver.

Somos a vivencia cultural de hoje, de cem anos atrás, de mil anos atrás e de milhares de anos atrás.

Acumulamos uma infinidade de conhecimentos que serviam para os nossos ancestrais e que foram adaptados para a nossa vida “moderna”.

Fomos selecionando os principais comportamentos que o nosso instinto de sobrevivência julgava necessários ao longo de nossa existência.

O que sabemos hoje é que a maior parte da nossa existência, não é física. É o que alguns chamam de alma, ou, mente.

A memória dos eventos dos nossos ancestrais pode estar gravada e impressa em nosso “ante inconsciente”, como já disse no início do artigo, desde a nossa formação. Algumas ações irracionais não nos servem mais, mas muitos ainda revelam instintos primitivos em sua maneira de agir e pensar, mesmo nos dias atuais.

Acreditamos que somos superiores aos animais, mas se analisarmos a fundo veremos que os animais se preservam, e nós, nos destruímos, pois achamos que já sabemos tudo, quando não sabemos nada.

O objetivo da mente primitiva é a sobrevivência, e ela mantém a cultura e os costumes, assim como traumas e personalidades do passado.

A nossa mente, atualmente, ultrapassou a significância da sobrevivência para um outro nível, mas mantemos o cognitivo, não de uma experiência de vida atual, mas sim, de uma ancestralidade.

Fatos que podem comprovar que possuímos uma mente primitiva implantada em nosso DNA:

•Quando o bebe nasce, instintivamente ele procura o alimento no peito da mãe! Ele fecha os olhos quando alguma ameaça se aproxima do seu rosto! Ele já sai da barriga da mãe respirando!

•O egoísmo humano, de onde veio? O “gene egoísta” exerce uma influência massiva tanto no desenvolvimento evolutivo quanto na psicologia da mente humana. Não apenas afeta nossa luta por recursos e parceiros, como também define os termos nos quais nossas vidas sexual e familiar evoluem.

•Por que formamos núcleos de amizades? Começamos a viver em grupos para melhor nos defender de predadores, e isso exigiu de cada animal “negociar” uma rede de apoio, aceitar hierarquias para se defender das inimizades. Ainda mantemos essa linha de pensamento e nos agrupamos porque quando fazemos parte de um grupo nos sentimos mais seguros.

•Algumas mulheres ainda se sentem fortemente atraídas por características físicas masculinas que denotam força e virilidade, e que nos fazem lembrar as características físicas de nossos ancestrais primitivos. Quanto mais fortes eram, maior segurança, poderiam oferecer a suas mulheres, e aos seus filhos. Isso vem da era pré-histórica para a formação da família e reprodução. Buscavam proteção para a sobrevivência.

•Todos os sentimentos que envolvem os 7 pecados capitais são uma herança da nossa mente primitiva.

•Herdamos sentimentos e emoções. Não nos foi ensinado, está em nossa mente primitiva.

•O homem antigo passava seus dias procurando, caçando e coletando alimentos. O que o fazia passar suas noites relaxando e banqueteando-se com tudo o que havia sido conquistado por ele. Por isso ainda sentimos fome à noite.

•Já parou para pensar nas suas oscilações emocionais? Naquele momento que tudo e todos são chatos e já não há vontade de quase nada? Não, isso não é uma depressão, isso é o marasmo que está a consumir com a falta de acontecimentos e causam desânimo. Não esqueça que no passado vivíamos uma vida agitada nos preocupando em caçar, plantar, colher, utilizávamos de ações que hoje já não precisamos. É só trabalhar, ganhar o salário e ir no mercado comprar que está resolvido. Mas nosso corpo pede a movimentação que está gravada em nossa mente primitiva.

•Os melhores exemplos do que seria a memória primitiva estão no campo das emoções, na forma de ver e sentir a vida, algo que não é ensinado e já é transparecido desde o nascimento. Quem nos ensinou a agir com todas essas emoções após o nascimento e ao longo da vida? A memória ancestral que vai desde o ontem, cem anos, mil anos e milhares de anos atrás.

A herança genética e a necessidade de pertencimento

Conheço uma pessoa que foi descobrir aos 25 anos de idade quem era seu pai de verdade. Antes acreditava que seu pai biológico era o que a criou, mas, ela, não era parecida com ele nem fisicamente nem na personalidade e, era diferente de toda a sua família.

Quando descobriu quem era seu verdadeiro pai, houve logo uma identificação e uma aceitação parental devido a uma incrível similaridade, não só física, mas de atitudes e comportamentos.

Para melhorar, ela é filha de pais de diferentes regiões do planeta e mantém características de personalidade dessas duas regiões com o lado predominante do pai.

A genética agiu como uma prova concreta em uma vida humana.

Como aprender a identificar atitudes de uma mente primitiva afim de evoluir para uma mente mais humana?

Comece a imprimir em sua memória presente atitudes corretas e busque uma qualidade de vida para que não seja impresso em seus descendentes uma memória primitiva que atrapalhe em sua evolução! Adote atitudes que possam gerar uma melhor condição psicológica de vida!

*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
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Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.