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O amor de mãe é um amor infinito, um amor incondicional.

O amor de mãe é infinito e incondicional. Como é bom sentir a completude da maternidade. Desde a total dependência dos filhos recém-nascidos à falsa independência dos adolescentes, e assim por diante.

Da companhia a tiracolo da melhor companhia até o seu desprendimento.

O reviver de todas as suas fases, porém com nova conotação da vida fruto de um novo aprendizado resultado da troca de experiências, tudo se torna novo e só tem a acrescentar.

O nascer de uma nova visão do mundo que toma forma e alcança infinitas proporções de grandeza, abrimo-nos para um Universo mais evoluído, mais livre, mais desprendido e com menos preconceitos e menos neuras.

A indução do olhar para si mesmo, de algum tempo atrás, com os mesmos cabelos compridos, mesmo rosto, mesmo corpo, mesmas atitudes, que nos levam a uma viagem no túnel do tempo ao reviver as situações do passado.

“Você não nasce mãe, o amor de mãe é que nasce em você”Iara Fonseca

Aquele diálogo de outrora com meus queridos pais ressurge com força total.

Suas sábias palavras, marcadas na alma, tomam forma ao serem repetidas na íntegra para minha filha.

Impressionante perceber que tudo parece se repetir, mesmo que os anos tenham passado e a vida prosseguido.

Há coisas que nunca saem de moda…

Apesar de todas as mudanças, transformações e evolução por que o mundo tenha passado, algumas coisas permanecem intactas e prevalecem, tais como o aconselhar, o transmitir experiências e sabedorias e o dar um direcionamento ou forças que servirão de alicerce para o seguir em frente, driblando os desafios e vencendo-os de cabeça erguida.

E no turbilhão da vida, olhar para o espelho e pensar que a vida é um sopro e passou num piscar de olhos, sem se dar conta.

O deparar-se com o seu clone de pouco tempo atrás e, num momento de nostalgia, sentir saudade daquela fase de adolescência, prestes a entrar na faculdade, acompanhada da jovialidade, da beleza natural exuberante, de um momento especial da vida repleto de sonhos e com gás para dar e vender, apesar de todo o contexto de insegurança com relação ao futuro.

O sentir saudade da fase de recém-nascida da minha filha, que me levou à exaustão em virtude da sobrecarga de atribuições e da falta de tempo.

O amor de mãe não muda com o tempo

O que me fez optar pela qualidade da presença em detrimento da quantidade, uma camuflagem da sobrevivência construída pela culpa que me incomodava e me consumia dia após dia pois, no fundo, o que eu mais queria era estar ali ao lado dela horas, babando colorido e fazendo parte do mundo encantado dos bebês.

Saudade da alegria dos passeios em família, seja ao visitar os pais ou sogros, compartilhando os bons momentos ao redor da mesa farta preparada com carinho.

Saudade de ver aquela felicidade contagiante dos avós paparicando a netinha tão querida e tão esperada.

Saudade do chamar a atenção com a beleza da família (pai, mãe e filha) bem constituída, apesar de todos os contextos de desafios e diferenças.

Tudo passa tão rápido e não há como voltar no tempo, restando apenas o transbordar das memórias esquecidas das lembranças mais queridas, capazes de fazer escapar uma lágrima dos olhos ao sentir gratidão pela vida bem vivida e cheia de encantos.

Da certeza de que tudo valeu a pena.

E chegar à conclusão de que o verdadeiro sentido de família é construído a partir dos laços eternos entre pais e filhos, e finalmente entender o real significado de que ser mãe é padecer no paraíso.

Idelma da Costa

Idelma da Costa, Bacharel em Direito, Pós Graduada em Direito Processual, Gerente Judicial (TJMG), escritora dos livros Apagão, o passo para a superação e O mundo não gira, capota. Tem sido classificada em concursos literários a nível nacional e internacional com suas poesias e contos. Participou como autora convidada do FliAraxá 2018 e 2019 e da Flid 2018.

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