Acolha as dores, permita-se sentir, seja o que for, permita que o outro expresse sentimento, principalmente a criança, para que ela cresça familiarizada com o seu mundo interior e cada vez mais compreenda seus sentimentos e emoções.

Quando uma criança, seja ela filho, ou qualquer outra, vem falar sobre algum sentimento, sobre algo que lhe aconteceu ou como está se sentindo, não a menospreze!

Não desconsidere, pelo contrário, acolha, ouça, dê valor, seja o que for.

Pare de dizer para ela:

“Isso não é nada, pare de chorar, deixa de ser boba.”

Não diga:

“Você já está grande, não é mais um neném.”

Quando se diz isso, você a incentiva a esconder o que sente.

A criança passa a não achar legítimo seus sentimentos. Ela começa a ter dificuldades de se expressar e pode confundir seus sentimentos a ponto de entender que o que ela sente é ruim ou não é permitido.

Isso gera insegurança e causa um tumulto no interior.

Ela acha que “sentir” é uma coisa ridícula, boba, mas isso não é uma verdade, é necessário educar o “sentir”. Não é por não se saber lidar com determinados sentimentos que devemos eliminar ou fugir deles. Não é por vivermos um mundo mecanicista que somos máquinas, somos pessoas e é lindo sentir, sorrir, chorar…

Vamos nos permitir viver os sentimentos. Este é o meio saudável de acolhimento. Porque quando não se consegue lidar com os sentimentos, surge o adoecimento emocional, da mente ou do corpo, o que pode ser agravado ainda mais quando se proíbe dizer o que sente.

Acolha suas dores, permita-se sentir, seja o que for, permita que o outro expresse sentimento, principalmente a criança para que ela cresça familiarizada com o seu mundo interior e cada vez mais compreenda seus sentimentos e emoções. Permita que ela fale sobre o que sente. Se interesse por isso.

É fácil dizer que as pessoas não sabem se expressar, mas será que na família, nas amizades, acolhemos o que o outro sente? Sem ironizar, sem julgar, apenas permitindo que o outro possa sentir com tranquilidade os seus sentimentos qualquer que sejam eles.

A depressão, a falta de amor próprio e tantas outras dificuldades e doenças são geradas pela falta de expressão, pelo não compartilhamento de dores, emoções, porque a pessoa que está se sentindo mal não conhece a si, tem recuo de falar ou porque já falou e ninguém entendeu, ou acolheu, porque talvez em sua infância escutou críticas porque expressou determinada emoção, porque chorou… Muito provavelmente não foi dado o espaço saudável para que essa pessoa conseguisse acolher o seu sentimento.

A criança cai e chora, e você diz:

“Para com isso, não foi nada.”

Esta é uma frase não acolhedora da emoção do outro, da dor do outro, não importa que a criança esteja exagerando um pouco, saiba que o importante é acolher ela, permitindo que possa sentir, se expressar e tenha um ambiente favorável a isso, principalmente com as pessoas que ela mais confia.

Desta forma, com acolhimento ela entenderá que os seus sentimentos tem voz, podem ser divididos, tem apoio e aprenderá com isso a se apoiar também, a entender seu universo interior.

Ela crescerá tendo sabedoria dos seus sentimentos, não violará, nem desqualificará aquilo que sente, seja o que for, vai respeitar e ensinará as pessoas a respeitá-la totalmente. Porque nada que sentimos é bobeira.

Como diz Débora Souza Terapeuta de técnicas de cura quântica:

“Se faz sentir, faz sentido.”

Vamos parar de desvalorizar os outros pelo que sentem, sentir é belo e é uma realidade extremamente importante para todos nós. Não faça como o mundo que pretende, na maioria das vezes, desvalorizar as pessoas em sua essência apenas qualificando o que elas têm e fazem.

O ser é muito mais do que isso, é alma, é emoção, é tudo o que pensa e sente, e expressa, é coração, é realidade extra física, é dor, é amor, é possibilidade infinita em sua maneira de se expressar, não é só funcionamento, produção.

Não sufoque, não desvalorize, não reduza a essência de alguém só porque o mundo faz imposições irreais, só porque a sociedade precisa apenas de pessoas que funcionem, e de preferência não sintam, não sejam humanas.

Se não quer adoecer deixe sua condição humana falar mais alto, se inteire de você, das suas expressões emocionais, acolha o seu mundo interior, se permita sentir o que for, não desvalorize suas expressões mais íntimas, não desvalorize quem é de verdade, acolha seus medos, suas dificuldades, não permita que ninguém desvalorize, ou diga para você que isso é menor, que não é importante, pois só você pode saber o que sente.

Leia sobre emoções, busque profissionais sérios que falem sobre sentimentos, sobre cura das emoções.

Olhe o outro melhor, além do que apresenta, ouça as pessoas como se não houvesse amanhã, fale para as pessoas como se não houvesse amanhã, credencie e dê valor às emoções, suas e dos outros, assim temos maiores possibilidades de relações mais inteiras, mas possíveis, mais verdadeiras.

Quando uma criança estiver expressando algo, ou uma pessoa, não diga a ela: “Isto não é o momento adequado para falar, fazer isso.”

E quando será?! Não fale para você mesmo quando sente algo: “Isto não é o momento!” E quando será?! Ou então: “isto é ridículo!” temos o direito de sentir o que for.

Aprender a lidar com nossas emoções e sentimentos, conseguir expressá-los é a primeira etapa da condição humana, mas quando há repressão, negação, críticas, preconceitos, julgamentos, eles em algum momento se transformam em sintomas. Ninguém é de pedra.

Foto: Pinterest

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Sou Psicóloga e Reikiana nível 2, trabalho há 19 anos em consultório com psicoterapia, hipnose clínica. Já trabalhei em hospital, núcleo de violência da mulher. Acredito na vida, no amor, nos bons sentimentos, no perdão, na beleza da alma, na superação, no ressignificar, na humanidade. Adoro escrever e falar sobre sentimentos, superações, motivar pessoas, conseguir promover o melhor, despertar o que possa ser maravilhoso em cada um de nós e libertar pessoas de suas prisões emocionais, com uma nova e especial forma de viver, independente dos acontecimentos da vida.