Não espere que seu filho se acalme, se você não se acalmar primeiro

“Calma!”, ouvem-se alguns pais gritando. Exigem que as crianças se acalmem, mas sua voz e seus gestos transmitem outra mensagem, geralmente tingida de frustração, ansiedade, angústia ou mesmo raiva.

As crianças captam essas emoções e, longe de se acalmarem, sentem-se mais inquietas e inseguras. Simplesmente não é consistente pedir às crianças que se acalmem e mantenham a compostura quando os adultos não conseguem fazê-lo.

Faça o que eu digo, não o que eu faço

A autorregulação emocional é uma capacidade pouco desenvolvida nas crianças. A gestão das emoções e o controle dos impulsos dependem fundamentalmente dos lobos pré-frontais do cérebro, que são as últimas áreas a se desenvolver.

Isso explica, pelo menos em parte, por que as crianças costumam ser tão impulsivas e impacientes. Também explica por que eles têm dificuldade em se acalmar quando ficam irritados ou frustrados.

Por outro lado, os mais pequenos não têm as estratégias de gestão emocional que nós, adultos, temos vindo a desenvolver – pelo menos em teoria. Eles ainda precisam descobrir quais coisas os ajudam a se sentir melhor quando estão tristes ou permitem que se acalmem quando estão com raiva. Eles também são incapazes de traduzir suas emoções em palavras, então sentem a necessidade de expressá-las fisicamente.

Para acalmar uma criança e ajudá-la a desenvolver as habilidades que lhe permitem assumir o controle de suas emoções, os adultos devem se tornar seus modelos. No entanto, quando os adultos não conseguem manter a calma diante das birras e birras de seus filhos, estão demonstrando que respostas mais primitivas são uma escolha comportamental válida.

Quando os adultos ficam sobrecarregados, apressados ​​ou sobrecarregados e perdem a paciência, eles estão sendo modelos ruins.

Claro, é compreensível que de vez em quando percamos a paciência. A vida cotidiana pode ser muito estressante. Entre trabalho, responsabilidades sociais e familiares, é fácil sentir-se sobrecarregado.

Porém, se perder a paciência se torna nosso pão de cada dia, não podemos esperar que nossos filhos reajam com tranquilidade diante de imprevistos, problemas e frustrações em suas vidas.

Crescer de mãos dadas com nossos filhos

As crianças são, de certa forma, como uma tela em branco. Embora cada pequeno tenha suas peculiaridades, cabe aos adultos ensiná-los a administrar suas emoções da melhor maneira possível. No entanto, é impossível dar uma lição quando ela é dada com gritos, palavras ácidas ou mesmo violência.

Aumentar a voz pode acalmar uma birra. Sem dúvida. Mas é uma solução temporária porque não permitirá que as crianças melhorem.

Gritar com uma criança não irá acalmá-la, apenas fará com que ela suprima a expressão da emoção subjacente. Isso não o ajudará a lidar com as emoções de forma assertiva. Pelo contrário, irá invalidá-los.

A Inteligência Emocional é uma peça chave na parentalidade porque permite validar os sentimentos das crianças.

Depois de analisar 170 crianças e seus pais, pesquisadores da Universidade de Castilla La Mancha concluíram que sua Inteligência Emocional influencia a personalidade e a saúde mental de seus filhos. Os pequenos não aprenderão a se acalmar se os pais não souberem como fazê-lo.

Por esta razão, os pais devem tentar agir todos os dias com amor e empatia. Às vezes, educar uma criança é reeducar-se.

Às vezes, esse processo nos obriga a questionar nossas atitudes e reações.

Às vezes, criar um filho é amadurecer a nós mesmos. Às vezes, apenas crescemos com nossos filhos.

Como tranquilizar uma criança?

Quando respondemos aos gritos com mais gritos e à raiva com mais raiva, as birras se tornam uma espécie de competição para ver quem fala mais alto.

Se você quer que seu filho aprenda a administrar o que sente, é fundamental que você mantenha a calma e o ensine a abordar essas situações com respeito e diálogo.

Mantenha a calma. É difícil, principalmente depois de um dia ruim ou quando você está com pressa, mas conte até 10, 20 ou 100 e respire fundo. Lembre-se de que sua reação hoje pode fazer a diferença amanhã em seu filho.

Valide suas emoções. Se uma criança está inquieta, com raiva, frustrada ou com raiva, exigir que ela se acalme ignorando suas emoções não é a solução. Quando as crianças fazem birra, é porque não sabem administrar os pensamentos e as emoções que as assaltam. Não os minimize, valide-os dando-lhes um nome e ensinando-os a expressá-los de forma mais assertiva.

Voz firme e frases claras. Quando uma criança está chateada, gritar ou repreendê-la não adiantará nada. O ideal é manter a compostura, falar com ele em voz firme e dar-lhe instruções claras que ele possa entender rapidamente. Deixe-o saber as consequências imediatas de seu comportamento se ele não se acalmar.

Lembre-se de que é mais fácil para seu filho se acalmar quando você transmite serenidade, confiança e segurança do que quando é vítima do pânico. Sempre fale com seu filho, olhando em seus olhos para que ele se sinta ouvido e ouça.

Incentive o diálogo. Claro, se a criança estiver muito chateada, o diálogo não ajudará muito, mas quando ela se acalmar, você pode conversar com ela sobre o que aconteceu. Não deixe essa situação passar. Aproveite a oportunidade para abordar como você deve reagir na próxima vez que algo semelhante acontecer.

Por fim, lembre-se de que paciência e respeito são pilares essenciais da parentalidade positiva. Não exija de seu filho o que você não é capaz de fazer.

Se, como pais, vocês não sabem como controlar suas emoções, não podem esperar que o seu filho o faça.

Os problemas cotidianos podem nos fazer perder a calma, mas lembre-se que as crianças não pediram para vir ao mundo. É sua responsabilidade. Não apenas satisfazer suas necessidades materiais, mas também se tornar um bom exemplo, tentando ajudá-lo a se entender melhor e expressar o que sente de forma mais assertiva.

A Inteligência Emocional deles depende muito de você, então se você quer que uma criança se acalme, você deve se acalmar primeiro.

Fonte:Sanchez, MT et. Al. (2020) Inteligência Emocional e Saúde Mental na Família: A Influência da Inteligência Emocional Percebida por Pais e Filhos. Int J Environ Res Saúde Pública; 17(17):6255.

*DA REDAÇÃO SAG. Com informações RT. Foto de Austin Wade na Unsplash

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