Durante muito tempo o caminho do luto é a oscilação entre o enfrentamento e a restauração. O enfrentamento da dor, da perda, do rompimento dos laços… A restauração da vida, de novos papéis, novos afazeres…

Perder alguém não é fácil… seja pai, mãe, irmão, filho, amigo ou parente. Independente se a relação era boa ou ruim, somos envolvidos por um enredo de duelos emocionais. Onde errei? O que eu não vi? Tive culpa? O que deixei de fazer? Por que não disse tudo que eu sentia? Por que não resolvi nossas diferenças? Do que adiantou tudo se eu perdi? Por que deu tudo tão errado?

Diferente do que se falava, o luto não passa por fases e segue uma regra de conduta. Não é vivido em gavetas que gradativamente vão se abrindo. O processo é confuso, embolado e anárquico.

Não é possível explicar o que se está sentindo porque nada faz muito sentido… Você não lembra o que foi falado…
Você não lembra o que disse… Você não lembra dos momentos que antecederam a perda e as vezes o depois …

Durante muito tempo o caminho do luto é a oscilação entre o enfrentamento e a restauração. O enfrentamento da dor, da perda, do rompimento dos laços… A restauração da vida, de novos papéis, novos afazeres…

No começo somos feitos de dor… Com o tempo, a vida se amplia, a vida segue… e gradativamente a dor vai dando lugar a restauração do existir…

O luto nunca termina porque jamais seremos os mesmos depois dessa experiência… Encontrar sentido nessa vivencia é que nos faz ressignificar a dor…

É sempre diferente quando a despedida é final!!!

É na morte que mais olhamos pra vida…

Não tenha pressa em se reorganizar…

Tudo ao seu tempo… É ele, o Tempo, que faz tudo passar…









Dra Roberta França Médica Pós graduada em geriatria e gerontologia Pós graduanda em psiquiatria Membro da sociedade brasileira de geriatria e gerontologia Membro da sociedade de neuropsiquiatria geriatrica Membro da Academia Nacional de Cuidados Paliativos Docente da ABRAZ - associação brasileira de Alzheimer Co AUTORA do livro Estratégia de Vencedores