Hoje fiz uma pausa. Eu decidi que não quero briga com ninguém!

Fechei a porta, me acomodei, ajeitei a respiração e fiz uma pequena e breve meditação.

Alonguei os músculos do corpo, refiz o caminho do que fiz desde cedo e me acolhi.

Hoje estou silenciosa, sem muitas palavras. Não estou a fim de entrar em colapso com ninguém.

As coisas por aqui andam meio conturbadas. Tenho tentado encontrar a seta que me leva ao que acho certo.

Não, não me peçam para ser mais maleável do que tenho sido.

Eu sei o que tenho levado até aqui.

Minha casa é solo ainda desconhecido para mim. Flutuo de um lugar para o outro, respeito meu tempo.

Não, não estou aqui para carregar tudo em meus ombros e nem ser a válvula de escape de ninguém que não me respeita. Só eu sei de mim.

Abri meu computador, resolvi escrever para desabafar.

Já choveu um pouco. Deixei a janela do quarto entreaberta só para o ar poder continuar entrando e arejar meus sentimentos.

Não estou com raiva de ninguém. Só acho que preciso me conduzir melhor e parar de me sentir tão prisioneira da mente, que funciona como um relógio onde os ponteiros parecem me mostrar que, muitas vezes, preciso agir com mais nitidez.

Não estou me lamentando nem muito menos, pedindo que me coloquem em uma trincheira.

Às vezes, com uma boa dose de paciência, peço perdão e prossigo.

Estou aqui deixando o coração se acalmar sem tanto solavanco.

Hoje é mais um dia em que eu queria estar mais perto de mim.

Em meio a tantos lugares distantes e vazios, sinto que dá para me ajeitar sem tanta pressa dentro daquilo que me envolve espiritualmente.

Esse é meu desejo para hoje, para o findar do dia. Que fique tudo bem.

Tenho certeza que ELE há de me ouvir.

*DA REDAÇÃO SAG. Foto de Danie Franco na Unsplash.

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