“Isto mostra que a interação com a natureza sem tecnologia tem benefícios reais e mensuráveis para a resolução criativa de problemas que ainda não tinham sido demonstrados”.

Essa é a opinião de um dos autores do estudo, David Strayer, professor de psicologia na Universidade do Utah.

Para o investigador, estes resultados provam que “enterrar-se em frente a um computador 24 horas por dia, sete dias por semana, tem custos que podem ser remediados com um passeio na natureza sem tecnologia”.

O Estudo

Os participantes estiveram durante quatro a seis dias, em passeios na natureza sem tecnologia nos estados do Alasca, Colorado, Maine e Washington. Durante essas viagens, não era permitida a utilização de aparelhos eletrônicos.

Dos 56, 24 fizeram um teste de criatividade com dez perguntas antes de iniciarem o passeio. Os outros 32 realizaram o mesmo teste na manhã do quarto dia de passeio.

Os resultados foram claros: as pessoas que já estavam há quatro dias na natureza sem tecnologia tiveram uma média de 6,08 perguntas certas. Já os outros tiveram apenas 4,14.

“Demonstramos que quatro dias de imersão na natureza, e o correspondente desligamento da tecnologia, aumenta o desempenho em tarefas criativas e de resolução de problemas em 50%”.

Essa foi a conclusão dos investigadores, sem esclarecer se o efeito se deve à natureza, à ausência de tecnologia ou à combinação de ambos os fatores.

Os investigadores recordaram estudos anteriores, segundo os quais as crianças hoje passam apenas 15 a 25 minutos por dia em atividades de exterior e desportivas.

Além disso, as atividades recreativas na natureza têm estado em declínio há 30 anos. Em média, crianças de 8 a 18 anos passam mais de 7,5 horas por dia usando o computador, televisão ou celular.

“Há séculos que os escritores falam da importância de interagir com a natureza (…). Mas não sabíamos bem, cientificamente, quais os benefícios”, disse Strayer.

*Via Jardim do Mundo.









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