Definir limites para si mesmo é um ato de amor, cuidado e respeito próprio!

Os limites são cobertos por um halo negativo. O mundo ao nosso redor nos diz que não devemos estabelecer limites. Que os limites estão apenas em nossa mente. E que podemos alcançar tudo o que nos propusemos a fazer.

No entanto, esse discurso tem dois pontos fracos.

Em primeiro lugar, os limites não estão exclusivamente em nossa mente e, em segundo lugar, de vez em quando é importante estabelecer limites para si mesmo, para nos proteger. Do contrário, provavelmente acabaremos sofrendo do cansaço do “eu” referido pelo filósofo Byung-Chul Han.

O esforço excessivo causa um ataque cardíaco na alma

Limites nada mais são do que uma série de regras ou diretrizes com as quais nos comprometemos para não irmos além do que seria sensato ou conveniente.

O principal risco de não impor limites em uma sociedade que nos pressiona constantemente para ir mais longe é nos tornarmos vítimas e algozes de nós mesmos.

“Nesta sociedade de obrigações, cada um carrega consigo seu campo de trabalhos forçados” , escreveu Han, referindo-se à nossa tendência de exigir cada vez mais de nós mesmos, em busca da produtividade e do sucesso, enquanto o silêncio e o descanso se tornam luxos que recusamos e mergulhamos em atividades febris.

Porém, “o que adoece não é o excesso de responsabilidade e iniciativa, mas o imperativo da atuação”, explica o filósofo.

Ter o desejo de melhorar e aspirar a prosperar é positivo.

O problema começa quando nos esforçamos cada vez mais sem nos dar uma pausa, sem estabelecer limites saudáveis, obrigando-nos a dar sempre um passo adiante, mesmo que não sejamos muito claros sobre o motivo desse esforço.

O problema é não saber distinguir entre exceder e exigir demais.

Esta situação conduz-nos a um “cansaço fundamental”, que não é um simples cansaço físico mas sim um cansaço da alma.

Esse esgotamento psicológico, esse “não poder” acaba gerando frustração e muitas vezes leva a uma autocensura destrutiva.

Sentimo-nos como fracassados.

Com isso, a falta de limites que, em tese, deveria ser um desenvolvedor, acaba nos condenando a uma insatisfação vital.

Limites como expressão de amor e respeito por si mesmo

Limites saudáveis, por outro lado, nos impedem de exigir tanto de nós mesmos que acabamos desmoronando sob o peso de obrigações e compromissos que não podemos cumprir.

Eles impedirão que o trabalho controle nossas vidas. Eles nos permitem assumir o comando e dizer “não” quando não queremos algo e “sim” quando queremos ou precisamos.

Diga “chegamos até aqui” porque não precisamos nem queremos ir mais longe.

Limites saudáveis ​​são, em última análise, um ato de empoderamento.

Na verdade, Nietzsche explicou que o poder de não fazer, em termos de dizer “não”, difere do mero desamparo ou incapacidade de fazer algo porque é uma decisão pessoal, consciente e pensativa que surge do autoconhecimento.

Não é um “não poder”, é um “não querer”.

Esses tipos de limites nos permitem dar uma estrutura mais equilibrada, saudável e satisfatória à nossa vida.

Portanto, eles se tornam uma espécie de barreira protetora que indica a linha entre o que é bom para nós e o que não é.

Esses limites nos permitem ter clareza sobre a linha que não devemos cruzar.

Esses tipos de limites que nos colocamos não são negativos, pelo contrário, são um ato de amor e respeito.

Eles indicam que não precisamos correr atrás de nenhum imperativo social porque temos clareza sobre nossos objetivos.

Esses limites, portanto, nos mantêm mais seguros e saudáveis ​​e podem até nos permitir aproveitar mais a vida assumindo uma atitude mais relaxada e consciente.

Os 3 passos para se limitar

Identifique as áreas de nossa vida que precisam de mais estrutura ou limites.

Normalmente, essas são áreas de conflito que se expandiram tanto que não deixaram muito espaço para outras áreas importantes de nossas vidas.

Também pode ser sobre áreas que se tornaram uma fonte constante de problemas, conflitos e tensões. Pode ser um trabalho, um relacionamento, nossa saúde física e / ou emocional ou até mesmo o uso de um telefone celular.

Estabeleça limites que reflitam nossos objetivos e valores.

Os limites devem nos ajudar a viver melhor e mais plenamente, por isso devem estar em sintonia com nossos valores e os objetivos que queremos alcançar.

Os limites são mais uma ferramenta para nos manter no caminho que queremos seguir e evitar que as forças sociais nos desviem do caminho.

Aplique responsabilidade compassiva.

É contraproducente esperar a perfeição ou bater-nos sempre que deixamos de respeitar um limite que nos impusemos.

O objetivo desse tipo de limite é nos sentirmos melhor e cuidarmos de nós mesmos, por isso devemos nos lembrar de ser gentis conosco.

Ser muito duro ou irreal só levará à frustração, culpa e desespero.

Se ultrapassarmos um dos nossos limites, devemos tentar entender o porquê e fazer um plano para melhorar ou talvez reajustar esse limite.

Fonte: Han, B. (2017) A sociedade da fadiga. Barcelona: Editorial Herder.

*Com informações Rincon Psicologia. *Foto de Hannah Busing no Unsplash.

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