Amor é convivência e acima de tudo reciprocidade, demonstração de afeto e troca de gentilezas.

Não raro se cobra e se questiona o porquê do afastamento entre pessoas da família (avós, pais, filhos, netos, primos, irmãos) ou não (maridos, esposas, amigos, colegas).

A vida é um constante embarque e desembarque de pessoas.

Não há regras a serem seguidas e muito menos protocolos impostos pela sociedade.

Não há que se cobrar nada de ninguém.

Cada indivíduo é único no seu modo de agir e pensar.

É o livre arbítrio presenteado por Deus.

Só a própria pessoa é capaz de dizer a respeito de seu afastamento.

Só ela saberá dizer o que houve.

O mandar recado, querer saber da vida alheia, dar palpites ou assuntar a respeito do sumiço será em vão.

Ninguém é obrigado a seguir convenções.

Sua própria consciência será o suficiente para suas escolhas.

Todos são livres para fazer o que bem entender ou achar desde que não prejudique ninguém.

Nem sempre quando alguém some, quer dizer algo negativo.

A vida é cheia das fases e prioridades.

A ausência não significa ausência de bem querer e querer bem ao outrem.

Não há porquê envenenar relações de afeto verdadeiro, só porque acha ou deixa de achar alguma coisa.

Cada um age de acordo com sua personalidade ou momento em sua vida.

Amor é convivência, mas convivência nem sempre é amor.

De que adianta marido e mulher conviverem sob o mesmo teto, se entre quatro paredes impera-se a grosseria, falta de respeito, brigas e mais brigas de um verdadeiro campo minado e de constantes infidelidades. Verdadeira relação tóxica, onde se perdoa por falta de opção melhor e em decorrência da conveniência financeira e necessidade de um suporte no cuidado dos filhos?

De que adiante está presente em todas as festividades da família, se seu assunto principal é o falar mal, criticar e julgar a vida do outro pelas costas, se ao menos conhecer a fundo o que se passa?

De que adianta arrumar desculpas múltiplas para justificar o seu não conhecimento a fundo, sendo que a atenção e solidariedade não se mede pela quantidade e sim pela qualidade.

De que adianta puxar o saco e dar atenção àquele mais abonado, seja por causa da afinidade ou por causa de interesse, em prol do outro, sendo que um dia as coisas podem mudar, havendo a inversão de resultado da Lei da Semeadura.

Não há como dar atenção sem ter recebido atenção.

Não há como dar carinho sem ter recebido carinho.

Não há como amar sem ter recebido amor.

A vida é uma troca, então que seja uma troca de gentilezas, caso contrário o melhor a fazer é afastar-se e seguir em frente, do que ficar pelejando e insistindo uma vida inteira em dar murro em ponta de faca. A dor causada incomodará e poderá ser a causa do afastamento.

Não dá para assumir a responsabilidade de outrem, se o mesmo nunca foi responsável por nada.

Não dá para ter super poderes de perfeição.

Ninguém é perfeito! Somos seres humanos em construção.

Não podemos ser apedrejados, pelos erros dos outros.

Então, para que julgar?

Para que achar que irá mudar o mundo com o seu olhar de imparcialidade?

Aprendi, que ninguém muda ninguém e muito menos ensina ninguém a base de ódio sem fundamento de ser.

Ninguém sabe o que se passa na vida alheia.

Não se justifica, humilhar ninguém pelas costas e muito menos na frente de uma platéia.

Totalmente desnecessário!

Há pessoas que se preocupam demais com os outros e se esquecem de si mesmo.

Reparam o cisco no olho do outro, mas não percebes a trave que está no teu próprio olho.

São pessoas infelizes por si só e espalham a infelicidade por onde vão.

Tem que ter compaixão e não revidar. Afinal gentilezas geral gentilezas.

É sempre bom lembrar que os últimos serão os primeiros e que os humilhados serão exaltados.

E principalmente que os exaltados serão humilhados.

Antes de dizer qualquer coisa, não se esqueça de que a palavra é de prata e que o silêncio é de ouro.

A vida e o amor são trocas convenientes, então que sejam de gentilezas! Essa é a melhor opção!

Imagem: itl.cat/









Idelma da Costa, Bacharel em Direito, Pós Graduada em Direito Processual, Gerente Judicial (TJMG), escritora dos livros Apagão, o passo para a superação e O mundo não gira, capota. Tem sido classificada em concursos literários a nível nacional e internacional com suas poesias e contos. Participou como autora convidada do FliAraxá 2018 e 2019 e da Flid 2018.